De acordo com dados coletados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), o total de inadimplentes beira 41% da população adulta do Brasil. Apenas no mês de agosto, houve um aumento de 9,56%, na faixa daqueles com mais de 64 anos que passaram figurar com “nome sujo”.
Entre aqueles com mais 50 até 64 anos, o aumento foi de 6,26%. Já, na população de 40 a 49 anos, houve um aumento de 4,77% no número de negativados. Contudo, entre os consumidores de 30 a 39 anos, a alta foi bem menor, cerca de 1,69%, enquanto que na faixa entre 18 e 29 anos apresentou queda de 23,2%.
Qual o motivo destes números?
Diante destes dados, surge o questionamento de quais são as razões para que a camada mais velha da população brasileira, em sua maioria aposentados ou em vias de se aposentar, em esferas mais humildes da papulação, apresentar os maiores índices de crescimento quando o assunto é inadimplência.
E a resposta não é simples!
No passado não muito distante, era preciso conversar com o gerente, esperar dias pela análise de crédito e ainda correr o risco de ter o pedido de empréstimo negado. Porém, com o cenário, onde pipocam empresas de agiotagem transmutadas em agências de crédito, tomar um empréstimo ficou tão fácil que nem é mais preciso ir ao banco.
Basta perguntar para um idoso se ele nunca recebeu, seja pessoalmente, por telefone, SMS ou e-mail uma oferta de empréstimo de uma financeira. Ou então, numa compra num supermercado ou loja de departamentos, ou mesmo pelo telefone a oferta “imperdível” de um cartão de crédito?
Assim, por trás de propagandas com idosos sorridentes e de tanta facilidade na obtenção de crédito, estão escondidas armadilhas que podem levar o consumidor a se enredar em dívidas, principalmente os mais velhos, que via de regra, podem obter empréstimos descontado diretamente na folha de pagamento de seus benefícios.
Porém, a dita “facilidade na obtenção de crédito”, via de regra, vem aliada a taxas e juros exorbitantes que estão levando grande parte dos consumidores (mais 41%) à inadimplência, transformando o sonho de consumo em tremenda dor de cabeça, colocando muitos em depressão e levando, até ao suicídio.
Acometidas pela febre do lucro, com acesso, nem sempre lícito à lista de aposentados, as empresas pecam ao não informar e não orientar os clientes dos riscos a que estão sujeitos e, em grande maioria cometem abusos de vários tipos, como abordagens intimidadoras, aplicação de taxas não contratadas ou ilegais, venda casada, propaganda enganosa, cobranças indevidas e por ultimo e não menos importante: praticarem os juros mais altos do mercado mundial.
Quando se fala de aposentadorias, a festa das financeiras e similares é ainda maior, mesmo não havendo qualquer risco na operação elas oferecem os limites onde os clientes conseguem pelo menos quadruplicar sua renda num empréstimo, seja ele no cheque especial, crédito pessoal e cartão de crédito.
Dentre as facilidades o empréstimo pré-aprovado é o carro chefe. Ele pode ser retirado diretamente no caixa eletrônico e vem criando a ilusão do aumento do poder de compra do brasileiro, seja para o consumo de bens duráveis, como TV, geladeira e máquina de lavar ou para pagar contas da casa.
Mas, trata-se de uma ilusão de ótica que leva ao fundo do poço rapidamente, pois as propagandas e a agências de crédito, estimulam decisões por impulso e levam ao endividamento excessivo, principalmente para os mais velhos, que usam linhas “emergenciais” pedindo crédito de longo prazo. Ou seja, a falta necessidade, a fragilidade e a falta de informação estão no cerne da razão esta para este aumento de devedores nesta camada da população.
Busque ajuda
O PROCON e diversos órgãos da esfera judicial estão atentos para a violência financeira e buscam coibir tais práticas, seja com ações locais ou regulamentações por meio do Banco Central, mas com a crise em alta, os números só crescem.
Por isso, se você está inadimplente, a primeira recomendação é juntar toda a documentação de seus empréstimos, extratos e outros pagamento e consultar a ajuda nas seguintes áreas:
a. Busque uma empresa de cálculos bancários: Para nossos clientes recomendamos sempre a MH Cálculos . Eles conseguem, através da aplicação da matemática financeira, encontrar o valor justo para as dívidas.
b. Busque a ajuda de um Advogado com experiência na área. Ele vai poder orientar quais passos devem ser dados, seja por meio da renegociação da dívida diretamente com a credora ou, em havendo, o ressarcimento dos valores cobrados a mais.
Por isso, é o caso de lembrar um velho ditado: “Quando a esmola é grande, até o santo desconfia! E deve desconfiar mesmo.
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